segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Back and forth.



Que todas as dores sejam comparáveis à da tua ausência.
Um chá de camomila que me baste apenas, para sorrir após um delírio quebrado pela desilusão.
A vivência conjunta de seres autónomos é aberrante.
Nunca considerei seriamente ensinar um adulto a desempenhar tarefas primitivas.
Comemorar aniversários de relação são desculpas para trocas oculares tão desconfortáveis depois daqueles 12 meses.
Encarar a vida com realismo é o nosso dever.
Um dever difícil porque somos dotados de imaginação, este pó venenoso que se entranha em todos nós faz-nos acreditar em milagres, dá-nos esperança e constrói grandes espectativas sobre o que nos rodeia.
Vivemos uma vida inteira a ignorar os nossos instintos e a esconder as nossas emoções, pensamos sobre nada na esperança de sermos conduzidos pela rotina.
E se tudo isto falhar?
Ficamos admirados quando sabemos que o Luís, o Carlos, o Manuel, a Dolores, a Sofia e a Raquel, apesar de casados com filhos e visivelmente felizes, tenham que ir à Psiquiatria uma vez por mês abastecer o depósito para continuarem vivos.
É mais fácil olhar para as estrelas que pensar o caminho que tomamos nestas calçadas cheias de buracos que nos fazem tropeçar todos os dias, na verdade que é a vida.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Fuck It. You Win.

nunca sonhei com casamentos para sempre,
nunca sonhei com amores eternos,
as pessoas são organismos,
vivos e em mutação constante,
uns sabem isto,
outros vivem ficção.