quarta-feira, 19 de abril de 2017

um braço que aperta a cintura

chega uma altura em que o passado não é vida tua,
é de outro que se perdeu num céu negro.
uma fé quer renascer num amanhã seguro
onde nasce um sol brilhante
que nos alicia a trepar à montanha mais alta e ver mais além,
além deste sentir frenético e exigente,
que fervilha de mau humor e cólera por não vencer o martírio da rotina deste mundo velho cheio de remendos!

isto não é sonho,
é desejo de esquecer a solidão.

enfermidades

eu nunca discuto com quem não tenho intimidade.
a vida ensina.
areia no saco, borbulhas no queixo, cortes de água, homens com aliança transparente.
sair da bolha para respirar é um jeito de aprender mas não é um modo de viver.
quem é fiel a uma ideia irrita-se facilmente.
suspirar com leveza ou sorrir com descrição são cenas teatrais, eu sou de cinema.
a segurança não trás rimas, apenas contos remelentos.
a descoberta faz-se na ponta dos dedos de uma mão que é cega.
assim se vive e assim se morre,
nada além do tempo, até as rochas se transformam em nada.

domingo, 9 de abril de 2017

saltar sem razão.

se dependesse de mim, tudo era simples, 
mas a vida tem histórias...
essas que não são minhas.