sábado, 16 de janeiro de 2016

colagem.

será ser-se triste uma vocação?
será uma fonte que nos impele a seguir o trajecto até à dor do só, que provoca náuseas?
como se tratasse de um adolescente com o seu cheiro nauseabundo que nos pede a mão...
uma vontade de corrigir o grotesco que nos aparenta necessário para distinguirmos as cores que nos agradam mais...

saio da cama pouco ciente que estou pronta para a luta do dia;
não me cansa ultimamente viver estas realidades paralelas, entre todas, escolho aquela onde posso estar de chinelos de pêlo.

Nunca fiz juras, não admito não aceitarem o peso da minha palavra! o seu valor é igual ao da acção, reflecte-me como se fosse um espelho.

Lutar pelo que queremos é um repulsor..nada acontece quando muito se deseja..o desejo é nefasto.
De mãos dadas com os ditados populares, nada é logico depois dos 20 anos.
Entre o desinteresse e o excesso, a viagem é curta. O equilibrio não sangra, é soro com açúcar que nao faz bem nem faz mal, como um apeadeiro que serve alguém de pouca importância.
E é o amor próprio que nos impede de suplicar?
Não sei ainda distinguir a coragem da covardia...
Cai sempre tudo no sentir, sentir tudo para quem está a envelhecer é fraqueza ou tempestade?  
As pessoas mais seguras são as mais inseguras para quem olha sem filtros, ouvi num café um pai a explicar a uma filha...ela só vai perceber isto quando a ferida que alimentou dentro dela resolver não voltar a fechar.

1 comentário:

  1. cobardia, coragem, assertividade ..
    talvez seja mais questão de dureza vs flexibilidade
    depois há as necessidades auto-impostas e a satisfação interior
    e vêm caramelos falar de glória

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